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Viver

A identificação dos ermitães responsáveis por esta Capela, que se encontra registada na Chancelaria da Ordem de Avis, permite assegurar que já existia no século XVII. Trata-se de um edifício muito simples e de pequenas dimensões, com uma só nave e um único altar em alvenaria.

A parte superior das paredes interiores está decorada com quatro painéis de pinturas a “fresco”, dois de cada lado da nave, com motivos florais e uma frase em latim, que se lê expressão a expressão em quatro medalhões, “Hic est vere Martyr, qui pro Christi nomine sanguinem suum fudit” (Este é o verdadeiro mártir, que derramou o seu sangue em nome de Cristo), início de um responsório (tipo de canto litúrgico) medieval, aqui associado ao martírio de São Sebastião. O teto da Capela está também pintado a “fresco”, repetindo-se a delicada decoração floral, que aliás se encontra ainda em alguns pormenores do altar. Este é encimado pelo símbolo de São Sebastião, as setas que o martirizaram, em estuque relevado. A representação escultórica do Santo, que ocupa um nicho central no altar e polariza o olhar do visitante, data de finais do século XV. Imagem gótica de pedra policromada, é provavelmente obra da órbita tardo-quatrocentista coimbrã do escultor Diogo-Pires-o-Velho, tratando-se de uma peça de invulgar qualidade plástica no contexto regional.

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