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Viver

Data do início de seiscentos. No exterior, fachada simples, com um único vão, destacando-se, na cobertura da parte posterior do edifício, a cúpula arabizante de fabrico tradicional de tijolo. O valor artístico desta Capela reside no seu interior, nomeadamente no conjunto de “frescos” datado da segunda metade do século XVII, que reveste a parte superior das paredes do corpo principal do edifício e toda a cúpula, com grande efeito cenográfico.

Trata-se de pintura de cariz popular, tardo-maneirista, organizada nas paredes em dez painéis, quatro do lado do Evangelho (esquerda), outros quatro do lado da Epístola (direita) e dois em cada topo do corpo principal, representando os seguintes temas (desde o topo da entrada e seguindo pela esquerda): Santa Cruz adorada pelos Tetramorfos (os quatro Evangelistas), a saber, o Leão (símbolo de São Marcos), a Águia (São João) e o Anjo (São Mateus), parecendo faltar o Touro (São Lucas); São Luís Rei de França; Santo Antão; Imaculada Conceição; São Francisco de Assis em êxtase; Santo António pregando aos peixes (no arco mestre, que separa o corpo principal do edifício do altar-mor); tema desaparecido; Nossa Senhora da Piedade; Santo Agostinho, Bispo de Hipona; e São Brás. Os “frescos” da cúpula, sobre a capela-mor, representam motivos florais e brutescos, de inspiração italiana e muito populares em Portugal no século XVII, sobretudo na pintura decorativa de tetos, sobressaindo no conjunto o escudo de Portugal Restaurado e a cartela com a data da obra, 1679.

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